Polícia Federal realiza operação contra fraudes com criptomoedas acha R$ 20 milhões com acusado


A Polícia Federal prendeu o dono de uma empresa de bitcoin, acusado de fazer parte de uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. 

Glaidson Acácio dos Santos foi encontrado na casa dele, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca.  De acordo com a PF, durante busca e apreensão, os agentes apreenderam cerca de R$ 20 milhões em espécie, guardadas em malas. No momento da prisão, o advogado disse que não é crime ter esse montante em casa. Mas a polícia afirmou, no fim da tarde, que ainda está contabilizando os valores.

Cerca de 120 policiais federais cumpriu sete mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e no Distrito Federal, na operação Kryptos. Em São Paulo, um dos alvos foi preso tentando embarcar para a República Dominicana.

De acordo com as investigações, a empresa GAS Consultoria Bitcoin é responsável por operar um sistema de pirâmides financeiras, baseado na oferta pública de contrato de investimento, sem registro junto aos órgãos regulatórios, no mercado de criptomoedas. Os investigadores afirmam que as promessas de retorno financeiro sobre o valor investido (10%) eram incompatíveis com a realidade.

Glaidson era garçom e ganhava R$ 800 reais por mês até se tornar dono da GAS - a empresa de Cabo Frio entrou na mira da polícia depois que R$ 7 milhões foram apreendidos em abril, prestes a serem levados de helicóptero de Búzios (RJ) para São Paulo.

A prática criminosa tem acontecido tanto em Cabo Frio que a cidade ganhou até o apelido de "Novo Egito" - uma referência das famosas pirâmites do país africano para as chamadas pirâmides financeiras.

Nos últimos seis anos, a movimentação financeira das empresas envolvidas nas fraudes apresentou cifras bilionárias, sendo que, aproximadamente 50% aconteceu apenas nos últimos 12 meses. 

Os investigados podem responder pelos crimes de gestão fraudulenta/temerária, instituição financeira clandestina, emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, os acusados podem cumprir pena de até 26 anos de reclusão.

A defesa de Glaidson nega qualquer envolvimento em esquema de pirâmide.


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