A Rússia recentemente expandiu a pista de sua base aérea de Nagurskoye, no Ártico, para 3.500 metros de comprimento, o que significa que pode pousar e reabastecer a maioria de seus aviões militares aqui, incluindo caças a jato usados para patrulhar os céus polares.
Questionado se isso também significava que bombardeiros estratégicos pesados da Rússia, como o TU-95 "Bear", eram capazes de operar a partir daqui, o major-general, Igor Churkin, orgulhosamente confirmou que sim. "Claro que podem", falou, apontando para um gráfico de instruções da base. "Dê uma olhada. Podemos pousar todos os tipos de aeronaves nesta base."
As forças armadas da Rússia concederam a organizações de mídia, incluindo a CNN, acesso raro ao posto avançado dos militares no extremo norte da ilha de Alexandra Land, no início desta semana – talvez em uma demonstração de força antes de uma reunião do Conselho Ártico, um grupo de alto nível formado por oito nações da fronteira com a região polar norte, onde este ano a Rússia assumiu a presidência do Conselho. Esta uma de um número crescente de bases árticas que a Rússia construiu ou atualizou nos últimos anos.
A construção da base, conhecida como Trevo Ártico, foi concluída em 2017. Ela fica a apenas 160 milhas (257 quilômetros) a leste da parte mais oriental do arquipélago Svalbard, da Noruega - território que pertence à OTAN.
A nova base foi construída para abrigar cerca de 150 soldados e foi projetada para garantir que a Frota do Norte da Rússia seja autônoma e autossuficiente. Isso tudo é parte do que o presidente Vladimir Putin diz ser um esforço fundamental para reforçar a presença de Moscou no Ártico e garantir o "futuro" da Rússia.
A base tem o que os russos descrevem como uma estação de radar de última geração para monitorar os movimentos de navios e aeronaves da OTAN. O comandante da aeronáutica disse que as tropas aqui frequentemente rastreiam aeronaves americanas e outras que consideram adversárias. O exército russo também desfilou para jornalistas e revelou dois poderosos foguetes de defesa costeira, que segundo eles podem atingir navios ou alvos terrestres a mais de 320 quilômetros da costa.
"Ainda ontem, vimos um avião de reconhecimento da OTAN. Acompanhamos por quatro horas, transmitindo todas as informações aos centros de comando superior, as posições do avião e sua trajetória, em que direção estava indo", disse Churkin. "O inimigo não passará despercebido."
A CNN não conseguiu verificar de forma independente suas alegações. Mas está claro que a grande competição pelo poder está esquentando no Ártico, e a Rússia vê essa base como um recurso fundamental nessa luta.
Da Redação do Portal de Notícias Floresta News
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